terça-feira, 26 de abril de 2011

Para não esquecer a Revolução dos cravos







“Portugal Ressuscitado”
de José Carlos Ary dos Santos

Depois da fome, da guerra

da prisão e da tortura

vi abrir-se a minha terra

como um cravo de ternura.


Vi nas ruas da cidade

o coração do meu povo

gaivota da liberdade

voando num Tejo novo.


Agora o povo unido

nunca mais será vencido

nunca mais será vencido


Vi nas bocas vi nos olhos

nos braços nas mãos acesas

cravos vermelhos aos molhos

rosas livres portuguesas.


Vi as portas da prisão

abertas de par em par

vi passar a procissão

do meu país a cantar.


Agora o povo unido

nunca mais será vencido

nunca mais será vencido



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